Mercado de irrigação é promissor no Distrito Federal
Na agricultura, todas as técnicas são importantes para a produção. Mas a irrigação adequada é fundamental para garantir o crescimento da planta e também a absorção de nutrientes. Equipamentos específicos ajudam na tarefa e são definidores na hora de enfrentar efeitos climáticos adversos.
A AgroBrasília 2023 conta com expositores especialista nessa área. A Pivot Engenharia de Irrigação é um deles. A empresa nasceu em Goiás, em 1989, voltada à irrigação por pivô central. O equipamento é mais indicado para terrenos grandes e planos. Trata-se de uma estrutura formada por uma torre metálica que sustenta duas longas hastes com tubos para passagem da água.
A partir de 2019, a Pivot iniciou o trabalho com irrigação localizada, da marca Rivulis, atendendo também regiões como Bahia, Tocantins e Minas Gerais. As atividades contam com a supervisão de Elvis da Silva Alves. O alagoano tem doutorado na área. Segundo ele, a escolha entre os dois métodos depende da necessidade de cada agricultor. Os diferenciais são o manejo do volume de água e o ponto de aplicação. "O pivô tem uma aplicação sobre a planta. Já o gotejamento é feito diretamente na raiz, permitindo, inclusive, introduzir fertilizantes e tratos culturais por meio dele", detalha Elvis.
Produtores de soja costumam utilizar mais o pivô. "Alcança uma área maior. E o que não pegar pode ser complementado por gotejamento", reforça Elvis. A preocupação é maior no período reprodutivo, quando ocorre a chegada do veranico. A falta de água nesse momento crucial do cultivo pode reduzir a produção em até 80%, segundo o especialista: "a hidratação adequada não só garante a colheita, mas pode inclusive aumentar a safra".
Mercado imenso
É um mercado grande e em expansão. Atualmente, o Brasil conta com 8 milhões de hectares irrigados com alguma dessas tecnologias, mas há potencial para alcançar os 55 milhões de hectares. Há 20 anos, a empresa austríaca Bauer oferece ainda outras soluções, além do pivô com controle por aplicativo. O CEO de vendas, Rodrigo Parada, explica que o carretel é uma máquina estática indicada para áreas menores, de até 40 hectares.
O mecanismo serve para irrigação em linha reta e a água é levada por uma mangueira mais longa, explica Rodrigo. O dispositivo de irrigação fica na ponta, que é estendida pela lavoura. Quando o registro é aberto, o carretel começa a girar, recolhendo o equipamento e distribuindo água pela plantação. Já o separador é um aparelho que permite irrigar e nutrir. "O adubo é misturado à água em um tanque. O que for excedente, a máquina separa, e assim o produtor não perde o material", explica.