AgroBrasília contribui para modernizar o agro no Planalto Central. Em 2023, Feira ocorre de 23 a 27 de maio, no Distrito Federal

A AgroBrasília chega a mais uma edição, direcionada ao propósito de contribuir cada vez mais para modernizar o agronegócio no Planalto Central. Em 2023, a Feira ocorre de 23 a 27 de maio, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, no PAD-DF, uma das mais significativas regiões rurais do Distrito Federal, a cerca de 70 km de Brasília. Nos cinco dias de evento, o setor produtivo se reúne para fechar negócios em torno das tecnologias, dos sistemas e dos processos mais modernos do mercado. A troca e a disseminação de conhecimento também ficam garantidas pela intensa programação técnica.

Em sua área de abrangência – o Centro-Oeste, Minas Gerais e alguns outros estados –, a AgroBrasília representa e impulsiona o agro, na região mais produtiva e tecnificada do País. Há muitos anos, o Planalto Central é considerado o celeiro do Brasil, graças aos altos índices de produtividade, maiores que a média nacional, ao uso intensivo de tecnologia, e à dedicação dos produtores rurais, que buscam incansavelmente o aperfeiçoamento.

Presidente da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), que realiza a Feira, José Guilherme Brenner avalia que dinamismo e diversidade são características da região, cujos produtores sempre procuram aumentar o uso de tecnologia. “Assim, o papel da AgroBrasília é tornar disponíveis essas tecnologias, o que, acredito, tem sido alcançado. Além disso, conseguimos atrair pequenos e médios produtores, o que se traduz em maior produtividade também nessas propriedades.”

O presidente da Coopa-DF acrescenta que a organização da Feira também tem como objetivo trazer alternativas de atividades que podem resultar em renda para os produtores. “Seguindo esse princípio, adianto que vamos apresentar um campo de pulses [leguminosas secas] e muitas possibilidades de integração nas lavouras de tecnologias mais alternativas, voltadas para o orgânico e o biológico. Acredito que são segmentos com potencial de crescimento na região.”

Os estados do Centro-Oeste e Minas Gerais possuem cerca de 38 milhões de hectares de soja, milho, feijão, arroz, trigo, algodão. Além do cultivo de grãos, existem lavouras de verduras, frutas, flores, uma das maiores áreas irrigadas da América do Sul, e rebanhos suínos, de aves, ovinos, caprinos.

Em cada hectare desse polo são colhidos quase 4,4 mil quilos, o que configura a maior produtividade do País. A produção total deve ser de aproximadamente 165 milhões de toneladas, o equivalente a quase metade do total da safra do País em 2022/2023, estimada entre 296 e 310 milhões de toneladas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O crescimento previsto na região pode ser de até 7% em relação à safra de 2021/2022.

No Distrito Federal, os números são ainda melhores. A área de plantio não é grande, pouco mais de 180 mil hectares, 4% maior da que havia na safra 2021/2021. Mas estimativas da Conab indicam que a produtividade deve aumentar 11% nesta safra 2022/2023, alcançando mais de 4,9 mil kg/ha, a segunda maior do Brasil. O total da colheita deve ultrapassar as 900 mil toneladas, o que representa crescimento de 16% em relação à safra 2021/2022. “Essas previsões são compartilhadas pelos produtores, que esperam uma safra grande nesse ano”, complementa Brenner.

A AgroBrasília é realizada com apoio da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater- DF) e da Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF).