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17.05.2022 | Por: administrador

Cooperativa de indígenas do agronegócio é um dos expositores da AgroBrasília

(Foto: Glauber Queiroz/Imprensa AgroBrasília 2022)

Uma das novidades da edição 2022 da AgroBrasília é o estande da Copihanama, uma "cooperativa de índios do agronegócio". Formada por cerca de 3 mil indígenas das etnias Haliti-Paresi, Nambikwara e Manoki, das Terras Indígenas Utiariti e Paresi, situada no noroeste do estado do Mato Grosso, a Coopihanama transformou a realidade das suas 90 aldeias com um novo formato de negócio: as lavouras mecanizadas.

A Copihanama é a maior referência do País no cooperativismo indígena que busca, cada vez mais, crescimento sustentável com rentabilidade. Os indígenas cooperados plantam soja, milho e feijão em cerca de 20 mil hectares. Esse volume corresponde a 1,7% do total do território indígena, localizado entre os municípios mato-grossenses de Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis, Sapezal, Nova Marilândia e Brasnorte. Segundo a diretoria da cooperativa, a previsão é de que a primeira safra e a safrinha alcancem mais de 54 mil toneladas gerando faturamento bruto anual de R$ 120 milhões. 

De acordo com Marilene Moezokaero, gerente de uma das unidades de proteção agrícola e diretora da Coopihanama, a oportunidade de participar da AgroBrasília é única, uma vez que a Feira é uma das principais vitrines agro do País. "A Funai nos fez esse convite para termos este espaço que é muito importante para o  indígena mostrar o trabalho dele, para mostrar o que a gente está desenvolvendo dentro do nosso território", destaca. 

De acordo com Marilene, no espaço da cooperativa indígena será exposto os mais variados produtos colhidos em suas aldeias. Ela destaca  milho pipoca, milho amarelo, milho branco, feijão caupi, feijão mungo verde, feijão azuk, feijão red bamboo, feijão bico de ouro, feijão tumucumaqui, entre outros. "O público vai conhecer essa nossa variedade de produtos, todos de exportação. Produtos que têm um simbolismo, porque com essa nossa produção, no período de pandemia, nós conseguimos distribuir mais de 70.000 cestas básicas para as famílias das nossas aldeias", disse.  

Além disso, eventos culturais estão programados ao longo dos cinco dias de Feira, como grupos de danças, aulas de língua tradicional das etnias que compõem a Copihanama e pintura  de rosto com a utilização de gravetos e dedos em crianças reproduzindo a tradição indígena.

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