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31.01.2020 | Por: administrador

Em reunião no Parque Ivaldo Cenci, vitivinicultores do Planalto Central tratam da construção de vinícola no lugar

O grupo discutiu detalhes do projeto de arquitetura da construção, cujas obras devem começar depois da edição de 2020 da Feira. Ronaldo Triacca, presidente da AgroBrasília e integrante da Viniplan, adianta que, na AgroBrasília, deverá ser lançada a pedra fundamental da vinícola. A Feira ocorre de 12 a 16 de maio.

Nos últimos anos, houve crescimento do interesse de produtores da região no plantio de vinhedos. Eles têm investido na atividade e depararam-se com a necessidade de uma estrutura para industrialização da uva, transformando-a em vinhos. Nove desses agricultores criaram então a Viniplan, que desenvolve o projeto da vinícola.

A expectativa da associação é a de que iniciativa traga impulso à atividade e visibilidade à seriedade das iniciativas dos produtores da região. Deverá ser a primeira vinícola construída dentro do parque tecnológico de uma grande feira de agronegócio.

A vinícola terá capacidade de processamento de até 200 mil quilos de uva por ano. O projeto exigirá um investimento de cerca de R$1,5 milhão, aporte que virá da Viniplan.

A previsão é que a obra seja concluída em 2021, para que a industrialização do vinho tenha início com a safra do ano, cuja colheita deverá ser feita nos meses de agosto e setembro. Embora a vinícola comece a funcionar somente em 2021, um rótulo da cepa syrah será lançado na edição de 2020 da AgroBrasília; será o primeiro vinho fino de Brasília.
 

“Seremos pioneiros em Brasília na produção de vinhos finos. Aguardem esses vinhos que sairão do projeto, pois serão de ótima qualidade”, afirma a agrônoma Isabela Bonato, sócia da Viniplan.

Dupla poda

Um fator que despertou produtores para as possibilidades da viticultura e da vitivinicultura foi o surgimento da técnica da dupla poda, ou poda invertida, que permitiu a adaptação de parreiras ao clima do Centro-Oeste.

Consiste em conduzir a videira para que tenha sua maturação no inverno da região, quando o clima da noite é frio e seco, em vez da maturação no verão que é aplicada em outros lugares como a Região Sul. A técnica permitiu não somente a adaptação de videiras, mas o surgimento de uma uva de alta qualidade no Cerrado, com níveis adequados de açúcar e acidez à produção de vinhos.
 

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