Presidente da Funai destaca o pioneirismo da AgroBrasília em trazer índios do agronegócio
(Foto: Glauber Queiroz/Imprensa AgroBrasília 2022)
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, marcou presença no primeiro dia da AgroBrasília, para conferir de perto as atrações do espaço do órgão indigenista na Feira. No geral, são cinco estandes com mais de trinta indígenas, das mais diversas etnias, que estão ligadas ao agronegócio. Xavier destacou o ineditismo da Feira tanto em dar esta oportunidade para os indígenas trocarem experiências quanto para a população que vai poder conhecer o trabalho destas comunidades.
"Quero agradecer a AgroBrasília pela oportunidade de estar aqui como expositor dos indígenas. Isso contribui muito com o papel da Funai de desmistificar esse falso antagonismo que existe entre questão indígena e desenvolvimento econômico. Nós entendemos que é perfeitamente possível aliar a manutenção dos usos, costumes e tradições para o desenvolvimento sustentável e econômico das terras indígenas. O indígena não deixa de ser índio por buscar melhores condições de vida. O indígena não deixa de ser índio e não perde a sua qualidade étnica por fazer um curso superior ou por estar envolvido numa atividade agropastoril. E é isso que a Feira está mostrando, os exemplos da produção de grãos, de café, de castanha, de artesanato, dentre de outros itens", disse.
Durante a passagem do presidente da Funai, indígenas da etnia Haliti-Paresi fizeram uma apresentação de dança típica e mostraram um vídeo com os trabalhos desenvolvidos em suas aldeias. Eles integram uma das maiores cooperativas indígenas do País, que só no ano passado colheram mais de 54 mil toneladas de grãos, o que gerou um faturamento bruto de R$ 120 milhões. "Estamos falando de R$ 120 milhões por ano. É impressionante. Ao mesmo tempo, eles mostraram a sua dança, estão com vestimentas típicas, olha o artesanato... essa Feira é uma vitrine, ela mostra que o desenvolvimento econômico não atrapalha em nada a sua cultura", finalizou.