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17.05.2022 | Por: administrador

Embrapa mostra o alto potencial produtivo de trigo do cerrado na AgroBrasília

(Foto: Glauber Queiroz/Imprensa AgroBrasília)

A AgroBrasília apresenta aos produtores a importância do trigo adaptado ao cerrado, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-DF), para o desenvolvimento da agricultura. Neste ano, o órgão trouxe duas variedades de trigo adaptadas às condições climáticas do Cerrado do Brasil Central. 

As cultivares de trigo irrigado BRS 264 (ciclo superprecoce, classe melhorador e com alto potencial produtivo), e de trigo sequeiro para safrinha BRS 404 (classe pão, com maior tolerância à brusone e à seca) proporcionam produtividade e excelente qualidade de panificação. A cultivar BRS 264, por sinal, obteve o recorde mundial de produtividade diária na última safra.

"A Embrapa trouxe variedades de trigo ou materiais de trigo para disponibilizar para esses produtores, aqui da AgroBrasília, que são cultivares com excelentes qualidades industriais pra farinha. Essas variedades da Embrapa são usadas, inclusive, como blend na mistura de outras empresas que são produzidas aqui. Essas variedades da Embrapa, inclusive, são recordes de produtividade mundial", destaca o supervisor da Embrapa Cerrados, Sérgio Abud da Silva.

Autossuficiência

Já o pesquisador Júlio Albrecht chama a atenção que a autossuficiência do Brasil em trigo "passa pelo cerrado". "Temos um alto potencial produtivo na região, para mais de três milhões de hectares. Se o preço do trigo mantiver o patamar que está hoje, facilmente vamos chegar a uma alta produtividade", afirma.

Segundo Júlio, parte do potencial se refere às estações bem definidas do bioma. "Aqui, temos seis meses de chuva e seis meses de seca e colhemos em um período entressafra. Nossa colheita é em agosto, enquanto o Sul do país, responsável por cerca de 90% do nosso trigo, começa a colher em novembro e dezembro", detalha. O especialista salienta que a expectativa é aumentar a produção do trigo no cerrado em 100 mil hectares até 2025. "Hoje, produzimos 250 mil hectares, e queremos chegar a 350 mil. Com isso, a produção vai ser em torno de 300 mil toneladas de trigo a mais, com uma economia de até R$ 400 milhões ao país (em importações)", assegura.

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