27/05/2023

Como resolver o déficit de armazenagem no Brasil?

Noticía Agricultura
compartilhar

Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê produção recorde de 154,8 milhões de toneladas de soja na safra 2022/23, resultado da melhora da produtividade e maior área plantada. Já o milho, importante cultura na segunda safra, tem uma produção total estimada em 125,5 milhões de toneladas, um aumento de 12,4 milhões de toneladas em relação à safra 2021/22. Só boas notícias? Nem tanto.


Embora seja um dos maiores produtores de grãos do mundo, o Brasil ainda apresenta um sistema de armazenamento insuficiente, com uma capacidade estática capaz de armazenar cerca de 60% de uma única safra. Em 2023, em razão do aumento da produtividade e da decisão de grande parte dos produtores de segurar o produto aguardando um melhor preço no mercado de commodities, técnicos e empresários do setor estimam que o déficit da capacidade estática de armazenagem pode chegar a 60 milhões de toneladas.


Como resolver? Na AgroBrasília, diversas empresas apresentaram soluções para armazenamento, como os tradicionais silos metálicos. Mas as incertezas do mercado e as altas taxas de juros têm deixado os produtores mais cautelosos em fechar grandes negócios. “Como não há uma linha de crédito atrativa para armazenagem, os produtores estão aguardando a liberação do Plano Safra para fechar negócios”, acredita Luiz Carlos Zarnot, supervisor comercial da Pagé, empresa que trabalha com toda a linha de recebimento, limpeza, secagem e armazenamento em silos metálicos para mil a 250 mil sacas.


Flávio Luiz Dala Rosa, da Engesilo, pondera que o grande volume de armazenagem ainda está em cooperativas e cerealistas. Apresentando uma pesquisa da Esalq sobre a capacidade de armazenamento de grãos de cada região brasileira, ele afirma: “está havendo uma migração para armazenagem de médio a pequeno porte na fazenda, mas esse setor não está crescendo tanto por falta de recursos e conhecimento de gerenciamento”.

Segundo Flávio, um projeto de armazenagem, incluindo a estrutura para limpeza e secagem dos grãos, requer investimento de R$ 1 milhão a R$ 15 milhões. “Um projeto básico para armazenar 12 mil toneladas de grãos, numa propriedade de 1,5 mil a 2 mil toneladas, por exemplo, fica em torno de R$ 6 milhões”, exemplifica.

Alternativas de armazenagem

Uma alternativa em franco crescimento são os silos-bolsa, onde o produtor pode armazenar a produção em sua propriedade, até que o mercado reaja positivamente. No estande da Marcher, que produz máquinas para confecção de bolsas para armazenamento de grãos secos e silagem, os negócios superaram as expectativas, segundo o empresário Renan Borba.  “O silo-bolsa surge como um grande diferencial, por causa do custo reduzido. Assim, a estrutura se paga muito rapidamente. No silo-bolsa, os custos de armazenagem são cerca de 90% mais baixos que em um armazém. Como as bolsas são hermeticamente fechadas, o produto não sofre ação do ambiente externo e pode ficar até 24 meses dentro da bolsa, dependendo da sua qualidade”, propaga.

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Embaixador do Irã visita AgroBrasília

Verde Agritech apresenta nova geração de fertilizantes na AgroBrasília 2023

AGROBRASÍLIA
Feira Internacional dos Cerrados
agrobrasilia@agrobrasilia.com.br
+55 61 3339-6541
+55 61 3339-6542
+55 61 99649-9915
+55 61 99945-0292

Seja expositor


© Copyright 2019 AgroBrasília Todos os direitos reservados         Design Lucivam Queiroz // Frontend webtoyou // Desenvolvimento Agro3w